Informação sobre fibromialgia, causas, sintomas e tratamento da fibromialgia, identificando o modo como se obtêm diagnóstico


Sintomas da fibromialgia

As manifestações clínicas mais comuns são:
  1. Fadiga intensa, que afeta aproximadamente 90% dos casos, sendo mais notada pela manhã e ao final do dia. As atividades intelectuais e o menor esforço físico agravam esta fadiga, impedindo a realização das atividades da vida diária. É associada aos distúrbios do sono.
  2. Distúrbios do sono, onde existem alterações na fase IV do sono, correspondendo à sensação de sono não reparador. Estudos mostram que ocorrem em até 100% dos pacientes e são bastante variáveis. Muitos relatam que tem sono leve, mas certos pacientes dizem que tem bom sono e dormem toda à noite, embora acordem mais cansados do que antes de se deitar, com a sensação de não ter dormido, dor pelo corpo, rigidez e cansaço. A perturbação do sono leva à mudanças secundárias, como a diminuição da secreção do hormônio do crescimento, diminuição da saturação de oxigênio na hemoglobina durante a noite e redução da atividade imune, levando a maior dor e gravidade dos sintomas.
  3. Síndrome do cólon irritável, em cerca de 60% dos pacientes. As queixas mais comuns referem-se a alterações do hábito intestinal, variando de constipação intestinal à diarréia, sendo que alguns intercalam períodos de constipação e de diarréia. São comuns também as queixas de náuseas, vômitos, dor ou desconforto abdominal, flatulência, inchaço e cólicas após refeições.
  4. Alterações de humor, caracterizadas por ansiedade, depressão e irritabilidade na maioria dos pacientes, mas não se sabe se estas alterações são causa ou conseqüência. 25% dos pacientes já consultaram psiquiatras por depressão, 25% dos pacientes apresentam depressão ativa e a maioria não percebe a depressão concomitante. Pessoas ansiosas tendem a respirar disfuncionalmente e os padrões respiratórios envolvidos podem aumentar os sintomas da fibromialgia.
  5. Maior sensibilidade ao frio: as mudanças de temperatura afetam agudamente o paciente, havendo piora da dor com as mudanças climáticas, com relação à temperatura fria, à umidade e ao ar-condicionado. A aplicação de calor freqüentemente ajuda a aliviar a dor.
  6. Rigidez articular difusa (atinge além das áreas articulares), especialmente pela manhã, após repouso prolongado ou mudanças climáticas. Esta sensação deve ser diferenciada da rigidez da artrite reumatóide, na qual a rigidez é maior nas articulações e que demora um tempo maior para se dissipar.
  7. Parestesias e perda de força, que podem ser localizadas ou difusas, sem relação com exame neurológico e edema subjetivo de tecidos moles percebido pelo paciente, que frequentemente queixa-se de mãos inchadas, pois o exame físico revela ausência de edema.